Há um tempo, temos comentado aqui no blog sobre os benefícios que o low-code e o no-code podem oferecer para empresas, sobre as novas perspectivas que eles trazem para a programação e também sobre seu grande poder de democratizar o desenvolvimento de software. 

Como vimos anteriormente, com estas ferramentas, qualquer pessoa consegue desenvolver um aplicativo sem muito esforço e contribuir para a solução de problemas de seu cotidiano, mesmo sem saber escrever códigos. 

Este cenário nos leva a algumas perguntas ainda sem respostas: quais serão os efeitos dessa popularização da programação no mercado de trabalho? A habilidade de desenvolver softwares por meio do low-code e do no-code pode se tornar uma skill básica para profissionais do futuro? É sobre isso que vamos refletir no post de hoje. Confira: 

O movimento low-code e no-code

O movimento low-code e no-code vem, desde os anos 70, facilitando o desenvolvimento de soluções digitais para empresas e não apresenta nenhum sinal de desaceleração: segundo dados da Forrester, esse mercado deve alcançar mais de US $ 21,2 bilhões em 2022.

Uma possível explicação para esses números é a facilidade e a independência que essas tecnologias oferecem para companhias, uma vez que não é mais necessário esperar o departamento de TI ficar disponível para resolver uma demanda ou desenvolver uma nova aplicação. Com o low-code e o no-code em cena, qualquer funcionário de determinado setor pode implementar uma nova solução digital, seguindo requisitos pré-aprovados. 

Sendo assim, podemos observar que a habilidade de saber utilizar plataformas low/no-code já é requisitada no mercado de trabalho e tende a aumentar: segundo dados da Gartner, nos próximos 5 anos, cerca de 65% de todos os aplicativos serão construídos por meio dessas ferramentas. 

Com essa projeção, é notável que a procura por profissionais que tenham a skill de programar por meio do low/no-code vai aumentar muito em breve. Será que ela vai se tornar uma habilidade essencial, assim como o pacote office já foi um dia?

Vamos entender melhor: 

A democratização das inovações 

Para entender melhor como a habilidade de desenvolver softwares por meio de plataformas low-code e no-code pode se tornar um requisito fundamental para empregos no futuro, precisamos voltar um pouco no passado e relembrar como inovações revolucionárias foram popularizadas e incorporadas no nosso dia a dia. 

Um dos principais exemplos que podemos citar, é a escrita: ao ser inventada pelo homem, ela  possibilitou a passagem de conhecimentos entre gerações, o registro da história e a disseminação de diversas culturas. Porém, esse processo era extremamente lento e pouco democrático, umas vez que os livros eram produzidos manualmente e controlados por aqueles que tinham poderes políticos, econômicos ou institucionais. 

Este cenário passou a ser diferente quando a imprensa entrou em cena e possibilitou a produção e a distribuição de textos em massa. Assim, as fontes de informação saíram das mãos de quem detinha poder e se espalharam até chegar a apenas um clique de nossas mãos. A principal consequência disso no mercado de trabalho, foi que escrita e a leitura se tornarem habilidades básicas para qualquer posição. 

Poderíamos citar a democratização do cinema, da música, e várias outras áreas para fazer um paralelo com a popularização do desenvolvimento de software, mas esse conteúdo ficaria muito longo e acreditamos que já deu para ter uma noção de onde queremos chegar, certo?

A democratização do desenvolvimento de software

O ponto que queríamos expor com o exemplo, é que o desenvolvimento de soluções tecnológicas pode se tornar uma habilidade tão popular quanto a escrita. Pois, assim como a imprensa facilitou a democratização da produção e divulgação de novos textos, as plataformas low-code e no-code podem facilitar e popularizar a habilidade de programar. 

Sendo assim, saber desenvolver softwares por meio de plataformas low/no-code pode se tornar uma skill desejada em qualquer escritório, assim como a escrita e a leitura já foram diferenciais e como o pacote office, da Microsoft é requisitado hoje. 

E aí, o que você achou da teoria que defende que saber programar vai ser um requisito essencial para os profissionais do futuro? Nos siga nas redes sociais e conta para a gente!